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Welton Oda

A França bate um bolão!

A decadência do futebol brasileiro e a luta de Raí e da seleção francesa contra a ascensão do fascismo na Europa

A França bate um bolão!

Foto: Reprodução/ IA

O Brasil já foi a terra do futebol! Não que antes do vergonhoso 7 x 1 para a Alemanha os jogadores de futebol masculino, técnicos e outros profissionais já não causassem vergonha alheia, mas a decadência desse esporte no Brasil, em sua versão masculina, veio pra ficar. O Brasil também já foi terra de jogadores inteligentes, cultos, humanizados. Hoje é terra arrasada no campo dos grandes seres humanos. O momento é de estupidez galopante dentro e fora das quatro linhas.

Tostão, Reinaldo, Sócrates, Neto, Casagrande, Raí… Com esse elenco, a política nacional, o racismo, a democracia e outros temas importantes para toda a sociedade foram debatidos. Raí, inclusive, tornou-se um dos grandes personagens das eleições francesas nos últimos dias, ajudando a evitar a ascensão do fascismo na terra da igualdade, liberdade e fraternidade.

Gol de letra do craque, campeão do mundo pela seleção brasileira em 1994 e interclubes pelo São Paulo em 1992. Gol de letra, aliás, é o nome da fundação que apoia crianças de comunidades pobres no Rio de Janeiro e em São Paulo, em parceria com o outro tetracampeão, Leonardo.

Raí, seguindo o exemplo do irmão, o Dotô Sócrates, médico e jogador de futebol, um arauto da democracia brasileira e fundador da Democracia Corintiana, subiu às tribunas de Paris para contar aos franceses sobre toda a desgraceira bolsonarista que rolou no Brasil quando seus compatriotas escolheram o fascismo. O relato de Raí foi fundamental para que a França conseguisse derrotar a extrema-direita e emplacasse uma vitória consagradora da esquerda francesa.

Mas o craque brasileiro não estava sozinho, tabelou com Mbappé, Thuram, Tchouameni, Dembélé, Koundé e quase toda a seleção francesa na luta contra a ascensão do fascismo. No Brasil, ao contrário, foram exatamente os principais jogadores da seleção brasileira, capitaneados pelo Neymala, em 2018, que ajudaram a empurrar o país para as trevas do bolsonarismo.

Quem sabe seja Vini Júnior a nos redimir da estupidez do futebol masculino no Brasil, quem sabe sejam Marta, Formiga e companhia que tragam um futebol mais inteligente? Quem sabe sejam os comentários ácidos e certeiros de Casagrande e Neto ou os Gaviões da Fiel nos enchendo de orgulho e enchendo os bolsominions de porrada na Paulista?

O importante, no momento, é que a extrema-direita tá tomando goleada na Europa. No Reino Unido, os fascistas tomaram um chocolate e, também na França, dois dos países mais ricos e influentes do mundo. Quem sabe não seja por eles que o capitalismo comece a fraquejar? Torço muito também para que essa onda contamine as eleições nos EUA, mas, para isso, é preciso que o Biden faça sua despedida dos campos e que outra craque estadunidense assuma a camisa 10! Michelle Obama ou Kamala Harris? Façam suas apostas! É EUA, gente, nada de esquerda, o melhorzinho que eles têm é a direita democrática!

Seja o que for, sou um realista esperançoso como disse o Ariano Suassuna e espero que o saudoso Silvio Luiz possa gritar, lá do alto: “Olha o Bozo ali, tomando no meio das canetas! Foi, foi, foi, foi, foi, foi ela, Érika Hilton, a craque da camisa número 50! Quando eram jogados redondos 45 minutos do segundo tempo, ela foi lááááá!! Balançou a redinha!!!”

E que o ecossocialismo dê uma goleada nos fascistas!

(*) As opiniões apresentadas neste artigo são de responsabilidade exclusiva do colunista!

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1 Comentário

1 Comentário

  1. Ismael Newton de Oliveira Farias 12/07/24 - 17:19

    Perfeito! Erika, Sâmia, Natália, Evany e companhia, formando uma ótima e eficaz seleção contra o fascismo. Só aplaudo essas maravilhosas mulheres brasileiras????

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