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Estélio Munduruku

O que o julgamento de Bolsonaro representa para o movimento indígena brasileiro?

Além disso, o legado deixado pelo ex-presidente Jair Messias Bolsonaro não foi de conquistas para o movimento indígena, mas de destruição e retrocessos como por exemplo o PL da devastação

O que o julgamento de Bolsonaro representa para o movimento indígena brasileiro?

Ex-presidente Jair Bolsonaro - Foto: Canva

Ao longo dos quatros anos da era Bolsonaro, todos os movimentos sociais passaram por vários retrocessos de desmontamentos dos direitos conquistados durante anos, inclusive o movimento indígena organizado. Foram quatro anos de ataques aos povos indígenas originários brasileiro, antes de ganhar as eleições de 2018, Bolsonaro já dia com alta voz “não terá mais um centímetro para terra indígena”. Claro que com essas falas, Bolsonaro acendeu muitos aliados anti-indígena dentro da câmara e do senado, sendo eles a bancada ruralista que até hoje busca todos os meios inconstitucionais para retirar os direitos indígenas sobre suas terras.

Além disso, o legado deixado pelo ex-presidente Jair Messias Bolsonaro não foi de conquistas para o movimento indígena, mas de destruição e retrocessos como por exemplo o PL da devastação, assim como alguns indígenas que ficaram alienados pela retorica do ex-presidente na sua gestão, como por exemplo o cacique mato-grossense Rony Parecy, José Acácio Serere Xavante também conhecido como cacique Tsererê, Kayna Munduruku e a deputada federal Silvia Waiãpi. Claro que, isso foi apenas uma demonstração de como os discursos bolsonarista conseguiu também perpetua em alguns indígenas.

Para além disso, com a pandemia da covid-19 muitos indígenas também perderam a vida, inclusive a morte de várias anciãs e anciãos, causando a perca instantânea de muitos profetas da ancestralidade. Por consequência disso, o movimento indígena, teve que articular várias estratégias de resistências por meio da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil-APIB, que buscou parcerias no âmbito nacional e internacional bem como fez várias denúncias na Organização das Nações Unidas-ONU sobre os ataques do ex-presidente aos povos indígenas.

Portanto, o julgamento do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro neste dia 2 de setembro de 2025, não é apenas por uma trama golpista, mas por várias violações dos humanos dentro do estado democrático de direito, inclusive com os movimentos sociais e com a vida de muitos cidadãos brasileiros na pandemia da covide-19. Este julgamento, represente a sede de justiça para os povos indígenas que resistiram a um governo totalmente anti-indígena em quatro anos

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