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Estélio Munduruku

As eleições municipais e o elo indígena na política

Participação indígena nas eleições municipais e desafios políticos no Amazonas

As eleições municipais e o elo indígena na política

Foto: Freepik

A cada ano eleitoral, a participação indígena vem se destacando nas políticas partidárias e ganhando força em questão de representação indígena na política brasileira. No ano de 2022, houve muita participação de candidaturas indígenas de homens ou mulheres que puderam concorrer a uma vaga nas câmaras estaduais e federais em todo o Brasil.

No Brasil, o Amazonas destaca-se como um dos estados com maior número de povos indígenas. No entanto, não conseguiu eleger um representante tanto na câmara estadual quanto na federal, apesar de ter nomes bastante conhecidos como Vanda Witoto, que veio como candidata a deputada federal pelo partido Rede Sustentabilidade. Além dela, houve outros indígenas que também se candidataram em outros partidos.

Este ano acontecem as eleições municipais para prefeitos e vereadores, e muitas cidades poderão votar e colocar seus representantes. Inclusive, já tem muitos pré-candidatos indígenas para vereadores, assim como pré-candidatos a prefeitos. Na cidade de Manaus, o nome indígena mais visível para concorrer a uma cadeira na câmara municipal é o de Vanda Witoto, que vem novamente pelo partido Rede Sustentabilidade. Isso mostra que cada vez mais a presença indígena nas eleições tem se intensificado com mais participação nesses espaços políticos.

Uma das conquistas para as candidaturas indígenas deste ano e para as próximas eleições é que terão direito à distribuição proporcional seja de recursos de tempo e antena. Isso significa que os candidatos indígenas poderão contar com veículos de mensagens partidárias ou propaganda gratuitamente nas emissoras de rádio e televisão. Essa foi uma decisão do Supremo Tribunal Federal no dia 27 de fevereiro de 2024, em uma sessão administrativa. A decisão foi pautada no estudo de consulta que foi reformulado pela deputada federal indígena Célia Xakriabá do PSOL de Minas Gerais.

Contudo, ainda é um grande desafio colocar representantes parlamentares indígenas, principalmente no Amazonas. Pois o cenário político muitas vezes é violento, por isso, é muito importante que os parentes possam ter firmeza e saber lidar com as estratégias partidárias. Pois ter autonomia e apoio de suas bases é fundamental, que este ano possa ter parlamentares indígenas atuantes nas câmeras municipais lutando pelos nossos direitos de fato.

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