Brasília, DF – A implementação do 5G no Brasil completa um ano e contabiliza mais de 10 milhões de acessos no país. A área de cobertura disponível para instalação da tecnologia já está liberada para mais de 141 milhões de brasileiros. A inclusão se reflete em oportunidades sociais de empreendedorismo, geração de renda, acesso à saúde, educação e crescimento econômico, em função das contrapartidas sociais determinadas para as operadoras.
A tecnologia da quinta geração de redes móveis facilita o dia a dia da população, principalmente dos que precisam de internet com qualidade para produzir. O 5G é até 10 vezes mais rápido que o 4G e permite o compartilhamento de dados em tempo real.
“Implementar a tecnologia de quinta geração no país é movimentar negócios em áreas como inteligência artificial, processamento de dados, metaverso, e-commerce, indústria, logística, transporte, saúde, educação e agronegócio”, disse Juscelino Filho, Ministro das Comunicações.
É o caso de Alan Costa, que trabalha em uma agência de publicidade em Brasília (DF). “Utilizo efetivamente o 5G no meu celular. A nova tecnologia permitiu uma maior agilidade nas demandas diárias da agência”, conta o publicitário.
Brasília foi a primeira cidade do país a ter a tecnologia de quinta geração de redes móveis liberada. Em seguida, todas as capitais passaram a oferecer o 5G. Além da velocidade da internet móvel, estão entre os avanços esperados para o 5G a redução do tempo entre o estímulo e a resposta da rede de telecomunicações (baixa latência); o aumento da quantidade de dispositivos conectados em uma determinada área; o incremento da quantidade de dados transmitidos por unidade de espectro eletromagnético; e a redução do consumo de energia.
Segundo o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, enquanto o 4G consegue conectar até 10 mil dispositivos por quilômetro quadrado, o 5G suporta até 1 milhão de dispositivos. “Implementar a tecnologia de quinta geração no país é movimentar negócios em áreas como inteligência artificial, processamento de dados, metaverso, e-commerce, indústria, logística, transporte, saúde, educação e agronegócio”, diz.
COMPROMISSOS — O Leilão do 5G estabeleceu uma série de compromissos que precisam ser seguidos pelas operadoras. Dentre eles está o investimento de R$ 3,1 bilhões para levar conectividade às escolas públicas de educação básica. As rodovias federais que cortam o país também estão entre as prioridades. As operadoras precisam atender 2.349 trechos de rodovia com 4G (35.784 Km). Para 2023, as empresas de telecomunicações também devem ampliar a quantidade de antenas nas capitais e no Distrito Federal.
A execução desses e vários outros compromissos do Leilão do 5G, que vencem de forma escalonada, são fiscalizados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Conselheiro da Anatel, Artur Coimbra espera que as novas aplicações que irão surgir na rede 5G modifiquem a vida dos brasileiros.
“Observaremos a tecnologia viabilizando veículos autônomos, aplicações de conectividade máquina para máquina, telemedicina, entrega de mercadorias por drones, chat por vídeo e jogos com qualidade de console em qualquer lugar, realidade virtual e aumentada, além de internet tátil “, vislumbrou.
O atendimento às famílias de baixa renda que fazem parte do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) também está dentro dos compromissos, com a distribuição gratuita de kits com antena parabólica digital. Em todo o Brasil, mais de 500 mil famílias de 1.610 municípios já foram beneficiadas com a troca dos equipamentos antigos. A substituição é necessária porque, em breve, as parabólicas tradicionais que operam na faixa de 3,5 GHz deixarão de funcionar para que o 5G seja implantado.
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