Foto: Reprodução / Agência Brasil
Brasília, DF – Aproximando-se do feriado do 7 de setembro, uma série de controvérsias e tensões têm agitado o cenário político brasileiro. Bolsonaristas estão novamente em desacordo com as Forças Armadas, exigindo ações drásticas, enquanto o governo Lula busca “resgatar” o espírito do Dia da Independência.
Nas últimas semanas, as redes sociais testemunharam uma campanha crescente que pede o boicote aos tradicionais desfiles da independência em todo o país. Sob o lema “Fique em Casa”, os auto-intitulados patriotas buscam desencorajar a participação no evento, fazendo uma analogia à medida de proteção sanitária adotada durante a pandemia de coronavírus em 2020. É notável que essa medida foi contestada pelo então presidente Bolsonaro e seus seguidores. Movimentos do Amazonas também apoiam o boicote.
A campanha tem se espalhado por páginas nas redes sociais não apenas do Exército, mas também da Marinha e da Aeronáutica, resultando em centenas de comentários apoiando a iniciativa. O objetivo declarado é esvaziar os desfiles em todo o país.
Algumas pessoas também têm aderido à campanha do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que recentemente fez um apelo para doação de sangue, em vez de participar dos desfiles. Flávio argumenta que Lula está “desesperado” com o 7 de setembro, alegando que o evento provavelmente terá uma presença de público reduzida. Segundo ele, isso ocorre porque Lula nunca foi considerado um patriota e não consegue reunir um grande número de apoiadores de forma espontânea.
Por outro lado, o governo Lula (PT) está empenhado em “resgatar” o significado original do 7 de Setembro, uma data comemorativa das Forças Armadas que, segundo críticos, foi sequestrada pelo bolsonarismo nos últimos anos. A proposta é promover um ato cívico nacional que reforce o sentimento de independência e unidade entre os brasileiros.
Além das discussões sobre o 7 de Setembro, as redes sociais das Forças Armadas também têm sido palco de críticas dos eleitores de Bolsonaro. Muitos expressam sua insatisfação com relação à prisão e aos processos judiciais contra os manifestantes que invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal em 8 de janeiro. Para muitos, o Exército é acusado de ter permitido a prisão desses manifestantes que buscavam refúgio na porta do quartel da instituição em Brasília.
Além disso, os internautas relembram as investigações em curso da Polícia Federal, que envolvem militares suspeitos de participação na venda de presentes recebidos pela Presidência durante a era Bolsonaro. O termo mais comum usado é o de “melancia”, fazendo alusão à ideia de que o Exército é verde por fora, mas vermelho (cor associada ao comunismo) por dentro. Muitas postagens nas redes sociais trazem imagens que fazem essa referência.
(*) Com Informações do UOL
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