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Assessor de Dino nega envolvimento com facção, após reportagem apontar que “dama do tráfico” esteve em reunião no Ministério

Elias Vaz, afirmou, em nota no Twitter, que a esposa do traficante participou de reunião no órgão como acompanhante de uma advogada

Assessor de Dino nega envolvimento com facção, após reportagem apontar que “dama do tráfico” esteve em reunião no Ministério

Foto: Reprodução / Agência Brasil

Manaus, AM – Em uma reviravolta surpreendente, o Secretário de Assuntos Legislativos no Ministério da Justiça e Segurança Pública, pasta dirigida por Flávio Dino, Elias Vaz, viu-se envolvido em uma polêmica após a divulgação de que a esposa de Clemilson Farias, conhecido como ‘Tio Patinhas’ e condenado por tráfico, participou de uma reunião no órgão como acompanhante de uma advogada que tinha audiência no Ministério.

O caso veio à tona por meio de uma reportagem do Estadão, que revelou imagens de Luciane Farias, esposa de Tio Patinhas, durante uma audiência realizada em março deste ano. Elias Vaz esclareceu a situação, afirmando que Luciane estava entre as acompanhantes da advogada Janira Rocha, que buscava celeridade nas investigações de homicídios e trouxe consigo outras duas mulheres que haviam perdido filhos.

“Quanto à Sra. Luciane, ela estava como acompanhante da advogada Janira Rocha e se limitou a falar sobre supostas irregularidades no sistema penitenciário. Por esta razão, foi sugerido à advogada Janira Rocha que elas procurassem a Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN)”, esclareceu Elias Vaz em sua publicação no Twitter, recomendada pelo ministro Flávio Dino.

O Secretário, conhecido por sua longa trajetória parlamentar e política, enfatizou sua seriedade no atendimento à advogada e acompanhantes. No entanto, ele repudiou veementemente qualquer associação abjeta e politiqueira de seu nome com atividades criminosas.

Além da participação em março, Luciane Farias esteve novamente no Ministério em maio, desta vez reunida com o titular da SENAPPEN, Rafael Velasco Brandani. A reportagem do Estadão destaca que ela compareceu ao encontro como presidente da Associação Instituto Liberdade Amazonas, supostamente dedicada à defesa dos direitos penitenciários no Amazonas. Velasco não se manifestou sobre o ocorrido.

A situação ganhou contornos mais sérios com a notícia-crime encaminhada pelo deputado federal Amom Mandel, do Cidadania do Amazonas, à Procuradoria-Geral da República. Mandel pede investigações sobre o “possível envolvimento de servidores do alto escalão do Ministério da Justiça com membros da facção criminosa Comando Vermelho.” O deputado expressou preocupação com a falta de transparência sobre o conteúdo das conversas entre a líder do Comando Vermelho amazonense e as autoridades presentes, questionando a eficácia do trabalho de inteligência no país.

(*) Com informações da acrítica

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