Novo Aripuanã, AM – No Sul do Amazonas, uma onda de incêndios tem devastado a região, com um alarmante registro de 1.401 focos de queimadas nos primeiros cinco dias do mês de setembro. Esses dados preocupantes são provenientes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), responsável pelo monitoramento das áreas de calor na Amazônia.
Uma média de aproximadamente 280 focos de calor por dia tem colocado em alerta as autoridades locais e ambientalistas. A situação se agrava quando observamos que, no Amazonas como um todo, já foram contabilizadas 2.594 queimadas apenas no início deste mês, sendo que os focos no Sul do estado representam impressionantes 54% desse total. No acumulado do ano, até o momento, o registro alarmante chega a 10.405 focos de calor.
De acordo com os dados do INPE, o município de Novo Aripuanã ocupa a segunda posição no ranking de regiões amazônicas mais afetadas pelas queimadas em setembro, com um total de 321 focos. A cidade amazonense fica atrás apenas de Porto Velho, líder na lista, com 415 focos. Em terceiro lugar, na lista dos 10 municípios mais impactados pelas queimadas, encontra-se Apuí, também localizado no Sul do estado, com 304 focos, seguido por Humaitá, com 280 focos.
Outros municípios que integram essa triste lista incluem Manicoré, com 259 focos, e Lábrea, com 237, todos situados no estado do Amazonas.
Essa preocupante situação é acentuada quando comparamos os números deste ano com o ano anterior. Em 2022, o Amazonas experimentou seu setembro mais crítico em relação às queimadas em 24 anos, com exatos 8.659 focos de calor, marcando o pior número desde 1998, quando o INPE começou a rastrear eses incidentes.
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