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Amazonas

Região Norte completa 1 mês sem asfalto por falha do Grupo Atem

Por conta da falta do produto, a cadeia de produção é prejudicada, deixando obras por toda a região paradas

Região Norte completa 1 mês sem asfalto por falha do Grupo Atem

Foto: Reprodução / Prefeitura de Manaus

Manaus, AM – No último sábado (6), completou um mês que o estado do Amazonas, e toda a Região Norte não recebem Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP 50/60), produto esse, que é essencial para a o asfaltamento de ruas e estradas. Com isso, a cadeia de produção que necessita do produto vem sendo prejudicada, afetando obras em todos os estados e ameaçando a falta de empregos.

A Refinaria do Amazonas (Ream), é a única instituição responsável por produzir e comercializar o CAP na região. De acordo com as empresas clientes da refinaria, a semanas a Ream vem soltando notas de adiamento para a normalização do fornecimento, e não vem cumprindo com as datas.

“A demanda diária do CAP só em Manaus é de 40 toneladas, a gente tem contrato para cumprir, a nossa categoria já está entrando em contato com São Paulo, para importar o CAP de lá, caso não seja normalizado o fornecimento nos próximos dias”, disse um representante das empresas, ele pediu para não ser identificado por medo de sofrer represálias.

Ele acrescentou que devido a essa importação de tão longe, o valor final do material aumentará em aproximadamente 50%.

“Já estamos conversando com nossos clientes sobre isso, uma vez que haverá um aumento de mais de 50% no valor final do material, mas precisamos tomar uma providência porque não há previsão e esta situação está afetando toda a cadeia produtiva, de transportadoras e construtoras, até prefeituras que precisam realizar obras”.

Privatizada no final do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a antiga Refinaria Isaac Sabbá em Manaus, foi transferida no dia 1º de dezembro para a empresa Atem Distribuidora, quando passou a ser denominada Refinaria da Amazônia (Ream).

Em nota no site oficial, a Secretaria Muncipal de Infraestrutura de Manaus (Seminf) informou que, “as frentes de obras de asfalto na cidade estão temporariamente paralisadas devido à ausência do Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP)”.

Ainda segundo a secretaria, o laboratório contratado pela empresa Petrobras condenou um lote do CAP, por não atender as características físicas exigidas para a qualidade do pavimento e a expectativa da prefeitura, naquela data, era que “as usinas preveem retomada de distribuição do CAP ainda esta semana”.

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