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Amazonprev paga milhões em contrato, enquanto servidores trabalham em más condições

Servidores, ainda, denunciaram ao Norte em Foco que estão sem reajuste salarial há 3 anos

Amazonprev paga milhões em contrato, enquanto servidores trabalham em más condições

Manaus, AM – O dinheiro público gasto pelas secretarias do governo Wilson Lima parece não ter retorno para tornar o ambiente de trabalho saudável para os servidores públicos. O Norte em Foco recebeu denúncias de más condições de trabalho dos servidores da Amazonprev, que recentemente resolveu pagar por serviços de dedetização de quase R$ 700 mil.

Na informação, publicada através do Diário Oficial do Estado, o órgão vai pagar o valor total de R$ 696.372,86 (seiscentos e noventa e seis mil e trezentos e setenta e dois reais e oitenta e seis centavos) para a empresa P2 FACILETIES E COMÉRCIO DE INSUMOS LTDA ME, para serviços de controle de pragas.

Parecendo uma contratação necessária para o órgão, a realidade enfrentada por servidores da Amazonprev é outra. Em uma denúncia recebida pelo Norte em Foco, uma servidora relata que o órgão não tem uma boa estrutura para trabalhar, chegando a ter problemas de saúde devido ao excesso de trabalho.

Segundo a denúncia, os computadores usados pelos servidores estão obsoletos e muitos servidores não possuem equipamentos para analisar processos virtuais de aposentadoria e pensão, sendo obrigados a fazer a pesquisa através de cópias quase ilegíveis.

Contratos

A denúncia, ainda, alega que vários contratos estão sendo usados para lavagem e retirada de dinheiro do patrimônio da Amazonprev. O órgão possui diversos contratos, e alguns questionáveis, como é o caso de um para serviços de massoterapia, onde foi desembolsado no ano de 2014 quase R$ 35 mil, de acordo com o Portal da Transparência.

Em um contrato mais recente, a Amazonprev gastou um valor milionário em serviços de solução computacional, o mesmo que é criticado na denúncia recebida pelo Norte em Foco. Para a empresa AGENDA ASSESSORIA PLANEJAMENTO INFORMATICA LTDA, o órgão vai pagar R$ 4.560.000,00 (quatro milhões, quinhentos e sessenta mil reais), em contrato firmado em fevereiro de 2022 com vigência até fevereiro de 2024.

De acordo com o Portal da Transparência, a empresa fornecerá a “licença de uso permanente, capacitação, implantação e manutenção de solução computacional específica para processamento de folha de pagamento de inativos e pensionistas”. Como justificativa para o alto valor gasto pelo órgão, se deu em razão de “suprir importante carência de ferramentas informatizadas para gestão da Amazonprev”.

Além disso, o órgão também contratou a empresa ZIP LTDA, pelo valor de mais de R$ 36 mil, para modernizar os processos e manter a equipe motivada, o que não aconteceu. O valor gasto foi de forma emergencial para a locação de microcomputadores para “atender as novas demandas do sistema previdenciário, bem como o atendimento mais ágil, dos previdenciários e público em geral”, segundo informações do Portal da Transparência.

A denúncia, ainda, destaca que os contratos estão sendo usados para lavagem e retirada de dinheiro do patrimônio da Amazonprev pela atual equipe, mas que o problema persiste desde a gestão anterior.

O Norte em Foco entrou em contato com a Amazonprev para apurar a denúncia e questionar a condição de trabalho que está sendo imposta aos servidores, visto que foi gasto um alto valor dos cofres públicos, mas que os próprios funcionários estão trabalhando em péssimas condições. O órgão não deu retorno; o espaço fica aberto para esclarecimentos.

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