Foto: Divulgação / SSP-AM
Manaus, AM – Em recente divulgação do Atlas da Violência, o estado do Amazonas emergiu como líder nacional em taxas de homicídios entre 2020 e 2021, revelando um aumento alarmante de quase 35% nas mortes violentas. O cenário preocupante desencadeou um chamado urgente por ações efetivas e transparentes para conter a escalada da violência no estado.
A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) foi questionada sobre as estratégias implementadas para abordar a epidemia de homicídios, destacada no Atlas da Violência, mas não forneceu esclarecimentos específicos. Em um comunicado, a instituição mencionou os investimentos governamentais em infraestrutura e recursos ao longo dos anos como parte dos esforços para manter baixos os índices de mortes violentas.
Os dados do Atlas da Violência 2023, apresentados em Brasília, revelam que a taxa de homicídios por 100 mil habitantes no Amazonas saltou de 31,5% em 2020 para 42,5% em 2021, representando um aumento significativo de 34,9% entre os anos. O estado registrou 1.326 homicídios em 2020, com um aumento para 1.816 casos no ano seguinte, resultando em um aumento percentual de 37%, o mais expressivo entre todos os estados do país.
Entre os casos notórios de mortes violentas está o assassinato do sargento do Exército Lucas Guimarães, ocorrido em setembro de 2021, cujas investigações apontam para um crime motivado por questões pessoais, incluindo um relacionamento extraconjugal.
O cantor de forró Romário de Jesus, conhecido como “Romarinho – O Bruxo do Amazonas”, também foi vítima de homicídio em setembro de 2021, evidenciando a vulnerabilidade mesmo entre figuras públicas.
Em resposta às crescentes preocupações com a segurança, a SSP-AM afirmou que investimentos significativos foram realizados, resultando em uma queda de 6,3% nas Mortes Violentas Intencionais nos primeiros dez meses de 2023. A redução em Manaus foi ainda mais expressiva, atingindo 12%, com o bairro da Compensa liderando com uma diminuição de 65%.
A SSP-AM destacou a implementação de medidas proativas, incluindo a criação da Base Fluvial Arpão 2, em fase de conclusão, projetada para fortalecer o combate ao narcotráfico nas áreas fluviais. Novos investimentos em tecnologia, equipamentos e pessoal também foram enfatizados, com a convocação de aprovados em concursos públicos e a aquisição de recursos modernos para as forças de segurança.
(*) Com informações do g1
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