Goiás – Victor Ramos, zagueiro da Chapecoense, foi conduzido para prestar esclarecimentos à polícia após ser suspeito de manipular resultados das partidas, nesta terça-feira (18). O caso veio à tona após investigação na Operação Penalidade Máxima, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás, em apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Estado.
Segundo a investigação, o grupo atraia jogadores com ofertas que variavam entre R$ 50 mil a R$ 100 mil reais para que os profissionais cometessem lances específicos nos jogos, como número determinado de faltas, cartões amarelos, escanteios e até na derrota do próprio time.
Com os resultados combinados com os atletas, os apostadores conseguiam lucros altos em diversos sites de apostas. O celular do jogador foi apreendido durante cumprimento de mandado de busca e apreensão para o prosseguimento da investigação.
Além de Victor, outros três mandados de prisão preventiva são cumpridos pelo MP e mais 20 mandados de busca e apreensão. A operação abrange seis estados e 16 cidades, porém, de acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), ninguém foi preso.
São investigados jogadores das partidas Vila Nova x Sport, em 2022, Sampaio Correia x Londrina e Tombense x Criciúma. Também há suspeitas de que o grupo tenha atuado em menos cinco jogos da Série A do Campeonato Brasileiro de 2022 e cinco partidas de Campeonatos Estaduais, entre eles o Goiano, Gaúcho, Mato-Grossense e Paulista, disputados neste ano.