Manaus, AM – A semana termina com uma imagem icônica na política amazonense: o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), deu um abraço apertado no senador Eduardo Braga (MDB), maior adversário do governador Wilson Lima (UB). Há pouco mais de um ano das eleições, o chefe do executivo municipal se divide entre o parceiro a quem indicou o vice, e aquele que, até hoje, tenta tirar o conterrâneo paraense da cadeira de comando do Amazonas.
“BODÓ”
Ano passado, o prefeito de Manaus protagonizou um barraco público com um profissional da imprensa após se irritar durante uma coletiva. De posse de um aparelho celular, repassado por seus assessores, exibiu a foto do jornalista ao lado de Eduardo Braga para simbolizar o que chamou de “jornalismo de bodó na lama”.
Àquela altura provavelmente não imaginava que, em junho de 2023, estaria abraçado com o mesmo personagem que serviu para “sujar” a imagem do repórter.
David Almeida ainda não tem vice na caminhada para a reeleição. Chegou a dizer, ano passado, que seu vice seria indicação de Wilson Lima, como parte do acordo que levou Tadeu de Souza a ser indicado, por ele, como vice do governador.
Mas na política o cenário muda “Como Uma Onda”, cantada por Lulu Santos. Após Wilson Lima aparecer, na Áustria, a tira colo com o deputado federal Amom Mandel (Cidadania), maior adversário de David Almeida, ficou claro que nada do que foi será de novo como já foi um dia.
EXPECTATIVA
Nesta segunda-feira (19), Governo do Amazonas e Prefeitura de Manaus assinam a ordem de serviço para a reforma do T6, que em breve será a Rodoviária de Manaus. A expectativa é grande, pois pode marcar o primeiro encontro do prefeito com o governador.
Como tudo o que David tem feito em parceria com Wilson, o T6 é uma obra que não sairia do papel sem a caneta do Governo do Amazonas.
Situação idêntica à creche inaugurada por David que rendeu as fotos do abraço apertado em Braga. Precisando mostrar serviço ao eleitor, e dividido entre dois amores, David Almeida está entre a cruz e a espada, sem saber a quem entregará seu coração nas próximas eleições, correndo o risco de terminar a noite da apuração dos votos sozinho, sem mandato e sem um ombro amigo para chamar de seu.
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