Manaus, AM – Em uma nova tentativa de negociação com os professores grevistas, o Governo do Amazonas apresentou a proposta de reajuste salarial de 15,19% nesta quarta-feira (31).
A última proposta apresentada pelo governo Wilson Lima era de 14%, ou seja, uma diferença mínima para os trabalhadores da educação que estão de greve desde o último dia 17.
A presidente do Sinteam, Ana Cristina, reforçou que não houve consenso entre as partes, mas que a proposta deve ser tratada em assembleia. O reajuste seria feito nos salários dos profissionais, sendo 8% imediato, 3% out e 4,19% maio 2024, uma mudança ‘parcelada’.
Os representantes dos professores ainda debateram com o governo a devolução dos descontos das faltas em 10 dias, condicionado ao encerramento do processo, que corre na Justiça.
Outros pontos também foram discutidos, como o enquadramento vertical (por titularidade) de imediato; a progressão horizontal (por tempo de serviço) fica condicionado a estudo de impacto de folha para 2024.
Também esteve em pauta a construção de uma comissão para revisão com garantia da participação dos representantes dos trabalhadores sobre o
Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR).
A greve que afeta milhares de alunos do Amazonas tem sido ignorada pelo governador Wilson Lima, que tem apresentado baixas porcentagens para atender o reajuste solicitado pelos profissionais. O governador ainda acionou a Justiça para tornar a greve ilegal.
Um calendário de reposição de aulas deve ser montado em breve. Porém, os professores vão analisar a nova proposta e, caso rejeitem, a greve será mantida em busca de melhores condições de trabalho e reconhecimento dos profissionais educadores do Amazonas.
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