Manaus, AM – Fazendo pressão na classe educadora, o Governo do Amazonas afirmou, nessa terça-feira (23), que só retomará as negociações com os representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (Sinteam), quando a greve for paralisada e os professores voltarem às salas de aula.
O governo alega que a greve é considerada ilegal pela Justiça, com multa diária no valor de R$ 30 mil, além de estar prejudicado milhares de estudantes. De acordo com o Sinteam, cerca de 70% das escolas estaduais estão sem aula em Manaus.
Na última segunda-feira (22), o sindicato manteve a greve, após nova assembleia geral. A classe exige 25% de reajuste salarial e rejeitou as propostas feitas pelo governo de Wilson Lima, na quinta (18), quando foi oferecido o reajuste de apenas 8%.
O Governo do Amazonas não tem colaborado com os profissionais de educação, uma vez que não foi feito o reajuste salarial estabelecido pelo Ministério da Educação, além do atraso da data-base. Além disso, a gestão de Wilson Lima tem intimidado os professores, um exemplo disso é ameaçar os profissionais em greve alegando que os mesmos terão os dias não trabalhados descontados, mesmo lutando por melhores condições.
Com o posicionamento, o Sinteam afirmou que a liminar apontada pelo Governo não é definitiva e cabe recurso, que está sendo discutido judicialmente. O Sindicato ainda repudiou a alegação de que a greve seria ilegal.
Ainda de acordo com o Sindicato, o Governo não tinha uma proposta para oferecer à classe no dia 18 de maio, mesmo tendo recebido a reivindicação dos trabalhadores 71 dias antes.