Manaus, AM – Após ter seu mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) expressou sua frustração na noite de terça-feira (16 de maio de 2023), afirmando que as vozes dos eleitores paranaenses foram “silenciadas” por uma decisão que ele classificou como uma “vingança sem precedentes”.
Em uma postagem no Twitter, Dallagnol escreveu: “344.917 vozes paranaenses e de milhões de brasileiros foram caladas nesta noite com apenas uma canetada”. Ele acrescentou: “Meu sentimento é de indignação com a vingança sem precedentes que está em curso no Brasil contra os agentes da lei que ousaram combater a corrupção”. O ex-procurador do Ministério Público do Paraná (MP-PR) e deputado federal mais votado no Paraná em 2022 também afirmou que continuará empenhado em “servir a Deus e ao povo brasileiro”.
344.917 mil vozes paranaenses e de milhões de brasileiros foram caladas nesta noite com uma única canetada, ao arrepio da lei e da Justiça. Meu sentimento é de indignação com a vingança sem precedentes que está em curso no Brasil contra os agentes da lei que ousaram combater a…
— Deltan Dallagnol (@deltanmd) May 17, 2023
No dia 16 de maio, terça-feira, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu de forma unânime pela cassação do registro de candidatura do deputado Dallagnol.
O recurso foi apresentado pela federação Brasil da Esperança (PT-PC do B-PV) no Paraná e pelo PMN (Partido da Mobilização Nacional), chegando assim à Suprema Corte Eleitoral. Os partidos questionaram a aplicação da lei da ficha limpa ao congressista, devido aos processos administrativos em que ele está envolvido.
Os ministros seguiram o voto do relator do caso, ministro Benedito Gonçalves, que considerou que o deputado renunciou ao cargo de procurador no Paraná com antecedência para evitar punições administrativas do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) que poderiam torná-lo inelegível.
Além disso, a Corte Eleitoral decidiu que os 344.917 votos recebidos por Dallagnol em 2022 poderão ser atribuídos ao seu partido, o Podemos.
É importante ressaltar que essa decisão pode ser objeto de recurso no Supremo Tribunal Federal (STF).
(*) Com informações do Metrópoles
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