
Azu Fujisaki apagou sua conta da rede social e pediu desculpas por 'magoar fãs, membros do grupo e pessoas relacionadas' Reprodução/X
Uma selfie aparentemente inocente com um copo de refrigerante custou o lugar de Azu Fujisaki, 17 anos, na banda japonesa Heroines Research Students. A jovem foi expulsa do grupo após internautas identificarem o reflexo de uma pessoa – supostamente um homem – na tampa plástica da bebida em uma foto divulgada em suas redes sociais.
A imagem, tirada na entrada de um cinema, mostrava a artista segurando uma bandeja com o copo de refrigerante e fast food. A silhueta refletida na tampa foi suficiente para que a agência responsável pela banda considerasse a postura de Fujisaki como uma “grave violação de regras”, resultando em sua demissão imediata.
Cultura dos ‘idols’ e padrões rigorosos
O caso exemplifica os rígidos padrões impostos aos “idols” japoneses – cantores, atores e modelos que mantêm uma imagem pública cuidadosamente construída, muitas vezes transmitindo inocência e carisma. Os integrantes desses grupos, predominantemente adolescentes, são contratualmente obrigados a manter comportamentos específicos que preservem essa imagem.
Os Heroines Research Students, formados em 2023 e compostos por 11 adolescentes antes da saída de Fujisaki, fazem parte desse universo onde a vida pessoal dos artistas é severamente controlada. Relacionamentos amorosos, em particular, costumam ser estritamente proibidos ou fortemente desencorajados, pois podem afetar a fantasia cultivada entre os fãs.
Precedentes na indústria do entretenimento
Não é a primeira vez que um ídolo japonês é penalizado por descobertas envolvendo sua vida pessoal. Em 2013, a cantora Minami Minegishi, do grupo AKB48, chegou a raspar a cabeça e fazer um pedido de desculpas público após ser flagrada saindo da casa de um namorado.
O caso de Fujisaki ganhou proporções globais, com usuários de redes sociais ao redor do mundo discutindo a severidade da punição. Enquanto alguns defendem o cumprimento das regras contratuais, outros questionam a ética de controlar tão rigidamente a vida pessoal de adolescentes.
A agência responsável pelo grupo não divulgou mais detalhes sobre a natureza exata da violação, mas a expulsão foi confirmada, marcando mais um capítulo na complexa relação entre a indústria do entretenimento japonês e a privacidade de seus jovens artistas.
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