Manaus, AM – A emenda de R$27 milhões do senador Eduardo Braga (MDB) entrou em discussão nos últimos dias. O dinheiro para obras de recuperação da BR-174 foi destinado para uma empresa investigada pela Polícia Federal. A empresa foi contratada a partir de uma dispensa de licitação durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, de acordo com a UOL.
A reportagem afirmou que o contrato com a Construtora Soma, por ser emergencial, foi feito através de uma dispensa de licitação. A empresa foi escolhida pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e já foi alvo da Polícia Federal por lavagem de dinheiro e sonegação de impostos.
A empresa foi contratada para serviços emergenciais de recuperação da BR-174, estrada que liga Amazonas a Roraima, e tem como sócios Mauro Lúcio Mansur da Silva e José Paulo de Azevedo Sodré Neto, de acordo com informações da Receita Federal.
Em junho deste ano, os sócios foram presos na “Operação Entulho”, que investiga lavagem de dinheiro e sonegação fiscal em contratos com a Prefeitura de Manaus com a empresa de coleta de lixo Tumpex, onde ambos também são sócios. Eles ficaram presos por dois dias e respondem em liberdade.
Em nota, Eduardo Braga afirmou que a responsabilidade da contratação é do Ministério dos Transportes, por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
“A execução da obra é feita pelos órgãos competentes da administração pública, cabendo ao senador apenas indicar a demanda da região onde os recursos deverão ser aplicados, sem qualquer ingerência sobre a escolha da empresa que executará a ordem de serviço”, disse o senador por meio de assessoria.