Manaus, AM – A bancada evangélica não está satisfeita com o aceno do deputado Silas Câmara (Republicanos) ao governo do presidente Lula (PT). Essa insatisfação pode afetar o relacionamento entre os parlamentares, uma vez que o deputado do Amazonas assumirá a presidência da bancada na volta do recesso.
O racha na bancada surgiu após um assessor do bloco enviar mensagem para a imprensa, onde afirmou que os parlamentares evangélicos oficializaram um acordo para Eli Borges (PL) – atual presidente – e Câmara se revezarem no comando até o fim de 2024, alternando seis meses de mandato para cada um.
Porém, o que chamou a atenção na mensagem foi o fato de que o assessor destacou que a bancada não se sente confortável com Silas, já que ele estaria acenando para o atual governo.
A reputação de Silas Câmara é como “raposa velha no Congresso”. Ele está disposto a atuar de forma conciliatória com o governo que for.
Em resposta à Folha de S.Paulo, Silas afirmou que a relação da bancada evangélica com o governo Lula será “republicana, respeitosa e de diálogo com todos”, mas “intransigente nos temas para os quais [a bancada] existe”. Ele, ainda, destacou que não haveria negociação, por exemplo, para flexibilizar o aborto no Brasil.
Como presidente da bancada, Câmara afirmou que a prioridade seria “fortalecer a posição em tudo o que a Frente Parlamentar Evangélica já faz em defesa dos princípios que norteiam nossa fé”.
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