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Cratera que matou líder comunitária em Manaus continua ameaçando famílias; auxílio é considerado insuficiente

Defesa Civil reconhece que monitorava área de risco desde março; cinco casas foram interditadas após novo deslizamento na zona norte

Cratera que matou líder comunitária em Manaus continua ameaçando famílias; auxílio é considerado insuficiente

Manaus, AM – As cinco casas localizadas na rua Ladário, no Conjunto Canaranas, bairro Cidade Nova, zona norte de Manaus, interditadas devido ao risco de deslizamento na área, podem fazer novas vítimas. No dia 19 de março deste ano, a líder comunitária Sammya Costa Maciel, 45, morreu soterrada após um deslizamento da mesma cratera desabar na rua da Paz, comunidade Fazendinha, bairro Alfredo Nascimento, zona norte. Valores dos auxílios municipal e estadual são insuficientes para deixar local, segundo os moradores.

A interdição ocorreu após o desbarrancamento de uma cratera de grandes proporções, aberta depois da forte chuva que atingiu a capital amazonense na manhã da última quinta-feira (13).

Segundo o diretor de Operações da Defesa Civil de Manaus, José Mendes, desde o dia 6 de março deste ano, as equipes tinham conhecimento do risco da cratera.

“Sim, a gente estava acompanhando. Há placas sinalizando que eles precisavam deixar o local. Eles receberam o auxílio-aluguel e, segundo o que relataram, estão procurando outras moradias. Agora, com essa chuva forte, ocorreu o desabamento”, iniciou o diretor.

“Atendemos inicialmente a parte de baixo, onde houve uma vítima, e agora estamos atuando também aqui na parte de cima, de forma simultânea. Identificamos o risco de deslizamento e reunimos essas cinco famílias para realizar o cadastro. Explicamos a elas a necessidade do registro da ocorrência para que pudessem ser amparadas pela legislação. As ocorrências foram feitas e seguimos acompanhando o caso. Todas as casas estão recebendo auxílio-aluguel desde o mês de outubro”, completou.

As famílias estão recebendo o auxílio no valor de R$ 1.200 pelos próximos 18 meses, mas muitos consideram o valor insuficiente para cobrir despesas com aluguel.

No local afetado pela cratera, não foram identificadas equipes da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) nem do serviço social da prefeitura, apesar da gravidade da situação. A comunidade segue aguardando intervenções estruturais e assistência para atender os moradores impactados.

Na manhã de quinta-feira (13), moradores do Conjunto Canaranas viveram momentos de desespero por conta da cratera. Durante a forte chuva, parte do terreno cedeu e um homem precisou quebrar a parede dos fundos de uma casa para conseguir resgatar os avós, que ficaram presos dentro do imóvel.

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