Brasília, DF – Nesta quarta-feira (3), a Polícia Federal fez buscas na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília. Na operação, o ex-ajudante de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, e outros cinco suspeitos, foram presos.
O ex-presidente não foi alvo de mandado de prisão, no entanto, deve prestar esclarecimentos à Polícia Federal ainda no dia de hoje. A defesa de Bolsonaro tenta adiar o depoimento.
As buscas e apreensões foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, dentro do inquérito das ‘milícias digitais’, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).
Os agentes chegaram na casa de Bolsonaro nas primeiras horas desta quarta-feira. A polícia investiga um grupo suspeito de inserir dados falsos da vacinação contra a covid-19 no sistema do Ministério da Saúde. Vale ressaltar que o ex-presidente, por diversas vezes, fez discursos anti-vacina.
“Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de Covid”, diz a Polícia Federal.
Segundo apuração da Globo, foram forjados documentos de vacinação do ex-presidente, da filha caçula dele, Laura, e do ex-ajudante de ordens Mauro Cid Barbosa, da mulher e da filha dele.
A suposta falsificação teria como objetivo garantir a entrada de Bolsonaro, familiares e auxiliares próximos nos Estados Unidos, burlando a regra de vacinação obrigatória.
A PF ainda investiga a situação de outros membros da comitiva, como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
(*) Com informações do G1
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