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Amazonas

Onça-pintada resgatada no Rio Negro tinha mais de 30 projéteis de arma de fogo no corpo

Animal foi encontrado em estado grave, nadando há horas com ferimentos e dentes quebrados; Polícia Ambiental realizou o resgate complexo na zona ribeirinha de Manaus

Onça-pintada resgatada no Rio Negro tinha mais de 30 projéteis de arma de fogo no corpo

Foto: Reprodução redes Sociais

Manaus, AM – Uma cena de extrema debilidade e sofrimento chocou moradores e ambientalistas nesta quarta-feira (1º). Uma onça-pintada macho, com inúmeros ferimentos a bala e dentes quebrados, foi resgatada pelo Batalhão de Polícia Ambiental (BPAmb) após nadar por mais de oito horas tentando cruzar o Rio Negro, nas proximidades do Complexo Turístico da Ponta Negra, em Manaus.

O animal, que lutava contra a exaustão e o afogamento, foi avistado inicialmente por um ribeirinho, que acionou a polícia por volta das 15h. O denunciante relatou que o felino apresentava sinais claros de cansaço extremo enquanto tentava atravessar o rio.

 DESTAQUE:
“Até o momento, a onça permanece sob acompanhamento veterinário especializado, lutando pela vida após a descoberta chocante de mais de 30 projéteis alojados em seu corpo.”

O Resgate

Ao chegarem ao local, os policiais militares do BPAmb se depararam com a onça em situação crítica. Para evitar que o animal se afogasse antes da chegada de um apoio técnico mais robusto, a equipe improvisou um dispositivo de flutuação, garantindo que o felino se mantivesse à tona. A operação exigiu cuidado extremo para não estressar ainda mais o animal e assegurar a integridade dos agentes.

Foto: Divulgação/PMAM

A Gravidade dos Ferimentos

Após ser retirada da água e submetida a uma avaliação clínica, a extensão da crueldade sofrida pela onça veio à tona. Os veterinários constataram que o animal havia sido repetidamente alvejado com uma arma de fogo. Foram encontrados mais de 30 projéteis alojados em seu corpo, além de um grave ferimento com sangramento ativo e vários dentes fraturados.

O estado de saúde do animal é considerado grave. Apesar dos esforços, as chances de recuperação são incertas devido à gravidade dos ferimentos e ao estresse físico extremo a que foi submetido.

Investigação e Situação Atual

A onça-pintada agora permanece sob cuidados veterinários especializados, em um local não divulgado pela polícia. O caso, que expõe a violência contra a fauna amazônica, deve ser investigado pelo BPAmb. Atirar em animal silvestre é crime ambiental previsto na Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98), com pena de detenção de seis meses a um ano, além de multa.

O resgate da onça serve como um triste alerta para os constantes conflitos entre a vida selvagem e a ação humana, destacando a importância da atuação de órgãos como a Polícia Ambiental na proteção da biodiversidade da região.

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